quinta-feira, 31 de julho de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 26

Faro
DÇFLºDÇF
"Talvez quando um homem possui conhecimento especiais e poderes especiais como eu, isso o encoraje a procurar uma explicação complexa, quando está à mão uma mais simples." Sherlock Holmes (Sir Arthur Conan Doyle)

dºçlºdç
Detesto ter este espírito de detective.
Sei de onde vem. Herdei-o da minha mãe, que adora histórias de crime e descobre sempre o criminoso primeiro que toda a gente. Ela, por sua vez, herdou-o do seu avô e do seu bisavô, ambos "barristers". A tradição familiar terminou no seu pai, meu avô, que se formou em leis em Oxford mas que nunca exerceu.
Em vez disso, concebia engenhocas complicadas como o famoso sistema de campainhas na casa do Estoril, cujo objectivo era manter uma vigilância apertada aos namoricos das criadas à janela. Mal as abriam para enviar beijos aos pretendentes, a engenhoca tocava uma campainha no escritório do meu avô e ouvia-se a sua voz "Maria! Close the window!".
Pronto. Tive um avô excêntrico. Nunca o conheci. A minha mãe diz que eu tenho os olhos dele, muito sérios e profundos. Gosto disso. Gostava também era de ter saltado, como ele, outra geração e de não ter queda para detective. É muito chato.

kfçldk
Quando se tem queda para detective, topam-se as incongruências todas, descobrem-se os exageros e as coisas que não batem certo e andamos sempre com a pulga atrás da orelha, algo que não é assim muito agradável. Por outro lado
, os outros chamam-nos de desconfiados e estão constantemente a acusar-nos de vermos coisas onde elas não existem ...
Poirot diz-vos alguma coisa? ... Miss Marple? ... Sherlock Holmes? ... 007? ... A Inglaterra é profícua em detectives. Por algum motivo. É que ... sabem ... o bife, ao contrário do tuga, nunca mete o bedelho onde não é chamado mas ... como um bom cão de caça de pedigree anda sempre a farejar ... e quando lhe cheira mal não há nada que o convença de que ali não há lebre ... assim como não há nada que o detenha até conseguir provar que está certo ...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LXVI

ROSÁRIOS
FKÇLD
Quinta da Regaleira - Interior da Capela
çlfdºçlg

dºçlfdºçlf
Sentou-se ao meu lado no autocarro. E benzeu-se. Trazia um boné de pala azul na cabeça e vestia uma camisa branca de corte antigo, umas calças cinzentas, meias verdes e umas sandálias castanhas. O rosto tinha mais de 70 anos, certamente. Os seus lábios moveram-se e as mãos seguraram o terço de contas creme e pretas debaixo da edição do dia do Metro. Começou a desfiá-las.
dçldºç
Ao seu lado, eu desfiava o meu rosário. É cor-de-rosa. Tem o formato de uma pedrinha de rio lisa e de cantos redondos, achatada. Chama-se Zen Stone. E é fabricado pela Creative. No meio tem um écran minúsculo preto e redondo por onde passam as minhas contas. Cada uma tem nomes e uma infinitude de sons diferentes.
Nessa manhã eu desfiava o meu rosário cor-de-rosa, porque aqueles são os meus deuses. Não são divinos, nem são transcendentais, nem vivem em nenhum Olimpo ou nenhum Céu inatingível, se bem que a maioria deles viva bem melhor que aqueles que os ouvem.
Eu desfiava os meus deuses, porque precisava deles. Desfiava uns em particular. Enquanto alguém que me é muito querido e que também acredita naqueles deuses, estava deitado numa mesa de operações, eu desfiava o meu rosário para ele, para que de algum modo os “nossos” deuses estivessem com ele. E estiveram. Os “nossos” deuses e um cirurgião competente ...
ºdçlºdç
No mesmo dia em que a "minha" pessoa saía do hospital, entrava para a cama ao seu lado uma criança de 17 anos, também filho de médico. Mergulhou, bateu com a cabeça e ficou tetraplégico. Pedia ,constantemente a presença da enfermeira. Ouvia-se a mãe chorar lá fora, num desespero indescritível.
Espero que o Deus do senhor do rosário esteja com ele, para o que for que ele estivesse a precisar. Não consigo imaginar o sofrimento daquela criança, nem dos seus pais. Esta canção também é para eles.

terça-feira, 29 de julho de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Ritmo de Outono (1950)
Jackson Pollock (1912 - 1956)
lfdºç
Óleo sobre tela, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque
çlfdºçl
fºçlgºçf
"O chamado estilo `drip and splash' pelo qual Pollock é mais conhecido, emergiu abruptamente em 1947. Em vez de usar o método tradicional, Pollock colocava a tela no chão ou fixava-a na parede e entornava e deixava escorrer a tinta directamente da lata; em vez de usar pincéis, manipulava depois a tinta com 'paus, toalhas ou facas' (para usar as suas próprias palavras), obtendo por vezes uma pasta grossa através de uma mistura de 'areia, vidros partidos ou outros materiais'.
Este tipo de pintura de Acção - ou Action Painting - partilhava o automatismo do Surrealismo, através do qual artistas e críticos acreditavam resultar uma expressão directa ou revelação dos humores inconscientes do artista.
O nome de Pollock está também associado à introdução do estilo "All-over", que evita qualquer ponto de ênfase ou partes identificáveis no todo da tela e, assim, abandona a ideia tradicional de composição em termos de relacionamento entre as partes. O design da sua pintura não tinha qualquer relação com a forma ou o tamanho da tela - com efeito, no trabalho final a tela era por vezes cortada ou aparada para se ajustar à obra."
ºdkflºç

klfçdkd
"No chão estou mais à vontade. Sinto-me mais próximo, mais parte da pintura, porque desta forma posso andar à volta dela, trabalhar dos quatro lados e literalmente estar dentro da pintura."
kdçldk
P.S. Quando vi este quadro pela primeira vez em Nova Iorque tinha 17 aninhos, era uma idiota, ri-me e exclamei: “O que é que isto está a fazer aqui? Isto eu fazia quando tinha 5 anos!!!” Cerca de 14 anos mais tarde, e percebendo um pouco mais de pintura, passei horas a olhar para ele tentando ver o que ele queria. Esse dia chegou. E foi um dia inesquecível. Muitos anos depois daquele dia em Nova Iorque, roguei pragas e lagartos por não ter tempo para ver uma exposição de Pollock em Veneza ... As coisas boas são difíceis :)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

MALHA
ÇLKFDÇLK

ÇFLKLDÇF
As velhas sentam-se em conluiu e fazem malham e falam da vida alheia.
Por cada malha urdida, há uma vida destruída.
Enquanto se faz uma camisola, desfaz-se uma pessoa.
E a camisola cresce em extensão e uma vida decresce em consideração.
E as velhas malham nas agulhas e malham em alguém que diminui a olhos vistos sem ter comido nenhum pedaço do biscoito do País das Maravilhas, como Alice.
E é vudu, por cada malha tricotada, há uma que é espetada na alma de alguém, que sente as orelhas a ferver e não sabe porquê.
E as velhas malham e comentam os malhos da vida dos outros. Há cada malho, dizem elas. E com razão.
E há cada malha da vida entrelaçada ao pescoço de alguns, dizem elas. E têm razão.
E enquanto as velhas malham, há alguém que lá tropeça de novo nas malhas da vida e dá mais um trambolhão.
E enquanto as velhas malham, há alguém que é apanhado nas malhas da vida, nas malhas da lei, nas malhas de alguém mais esperto que ele.
E as velhas malham e falam sobre os malhos dos outros. Malhos descomunais. E esquecem-se que também elas já malharam, e não foi com agulhas. Foi com o coração.

domingo, 27 de julho de 2008

MAGIC MOMENTS 44

Beijo # 12 - O Beijo Eterno
çfkjdçsf

kfldkf

sábado, 26 de julho de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 34

RAN - Os Senhores da Guerra
FKÇLD

ÇLKGÇLFG
Eu sei que Akira Kurosawa é um Mestre (fazer vénia à japonesa - baixar apenas a cabeça a 500 à hora umas 500 vezes consecutivas) ...
Eu sei que RAN é considerado uma obra-prima ...
Eu sei que eu devia ter gostado deste filme ...
Mas ...
Mas ...
Mas ...
ahhh ... não gostei ... aliás até achei assim um bocado uma secante ... shiuuuuuu ... não digam a ninguém ...
Pronto.
Sou uma idiota. Admito.
Adiante.
ldkçldk
A história de RAN é basicamente uma adaptação do Rei Lear de Shakespeare, que eu já conheço de trás para a frente e daí também talvez a falta de interesse pela história ...
O Rei Lear tem 3 filhas por quem decide dividir o seu reino. As duas mais velhas adulam-no para receberem a melhor parte, mas a mais nova diz a verdade, diz-lhe que aquilo só servirá para dividir a família. Como prémio pela sua honestidade o pai escorraça-a e não lhe dá nada. É claro que mais tarde, o Rei Lear, já enlouquecido e maltratado pelos próprios filhos, acaba por perceber que a pobre filha mais nova tinha toda a razão ...
Transporte-se isto para o Japão do século XVI e temos o Senhor Hidetora Ichimonji e os seus 3 filhos Taro Takatora, Jiro Masatora e Saburo Naotora.
No entanto, há uma réstea de esperança pela minha idiotice. É que ... nas cerca de 3 horas que o filme dura existem planos panorâmicos com 1 ou 2 personagens que são autênticas mangas de poesia e beleza puras - nesses planos sublimes, Kurosawa consegue dizer mais do que em todos os outros em que a acção se desenrola com diálogos e situações. E só por esses planos vale a pena ver este filme.
glfºçlg
O que aprendi com RAN?
* A palavra RAN significa "Caos" em japonês
* às vezes é necessário matar, mas matar por um capricho ...
* o homem nasce a chorar e morre depois de chorar tudo
* um senhor da guerra não corre para a sua mulher antes da batalha
* as mulheres japonesas são pequeninas mas são tesas e brutas como ó caraças!
* quando cortam a cabeça a uma mulher japonesa, sai sangue que dá para encher um balde!!!
* Um Samurai prefere passar fome a mendigar
* Num mundo de loucos, são os loucos que são sãos
* Os japoneses a falar são brutos comó caraças
* O José Castelo Branco é a cara chapada do bobo da corte de Hidetora - acho que foi aqui que ele veio tirar inspiração ... (afinal o homem não é assim tão fútil como parece ...)
kdkdl
E um cheirinho da obra-prima:
dfjdklj

sexta-feira, 25 de julho de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 25

Como Lidar Com Enfermeiras em 10 Lições:
kdlçd
Lição Nº 1
Nunca, JAMAIS, assaltar a enfermaria sem avisar e perguntar quando é que se pode ver os doentes. PODE-SE VER OS DOENTES QUANDO AS SENHORAS DONAS ENFERMEIRAS DECIDIREM QUE SE PODE VER OS DOENTES
çdlºçd
Lição nº 2
Nunca, JAMAIS, questionar as decisões das Senhoras Donas Enfermeiras sobre a altura certa para se ver os doentes, MESMO QUE NA TABULETA DO LADO DE FORA DA ENFERMARIA ESTEJA CLARAMENTE ESCRITO QUE A HORA DAS VISITAS É ENTRE AS 12.30 E AS 16.00 E SEJAM 15.45 E AINDA ESTEJAMOS À ESPERA DE ENTRAR
ºdlºçd
Lição nº 3
Começar qualquer diálogo com as Senhoras Donas Enfermeiras com a palavra “Desculpe”.
OBVIAMENTE QUE “FAXAVOR” OU “OLHE” ESTÃO COMPLETAMENTE FORA DE QUESTÃO SE QUEREMOS QUE AS SENHORAS DONAS ENFERMEIRAS NÃO OLHEM PARA NÓS COMO VERMES ASQUEROSOS
dlºçd
Lição nº 4
Prosseguir com um sorriso do mais amável que se possa conseguir e combinar com o tom de voz mais doce que se possa engendrar
ºçdlºçld
Lição nº 5
Assumir uma atitude de submissão discreta. Aconselha-se o visionamento de documentários da National Geographic sobre lobos, chimpanzés, etc para obter o treinamento adequado e dominar a técnica convenientemente. Ombros encolhidos, tronco ligeiramente curvado, cabeça baixa em sinal de respeito e submissão e mãos abertas em sinal de “venho em paz, sou apenas uma reles duma idiota duma visita, não percebo uma porra das coisas dificílimas e misteriosíssimas que a Senhora Dona Enfermeira percebe, reconheço que a Senhora Dona Enfermeira é a fêmea Alfa aqui da enfermaria, e perdoe-me por ir fazer esta perguntinha mesmo estúpida como o caraças ...”
ºçdlçlºd
Lição nº 6
Não esquecer de pontuar o discurso com “Desculpes” intercalados a cada duas, vá ... três palavras
çdºçd
Lição nº 7
Frisar no final do discurso que se trata apenas de uma preocupação nossa, mesmo estúpida, que somos mesmo idiotas, mas que estamos APENAS genuinamente preocupados (AFINAL!!! É O NOSSO IRMÃO QUE ESTÁ ALI DEITADO NA CAMA A SOFRER!!!!) e que com toda a probabilidade é uma patetice mas que queríamos ... ops ... gostávamos só que, desculpe, se não se importa, que verificasse tal e tal coisa
ºçdlºdç
Lição nº 8
Não abusar da sorte. Uma preocupaçãozinha idiota por dia chega e sobra.
~ºçdºç~d
Lição nº 9
Agradecer umas 20 vezes e desejar uma boa tarde outras tantas, isto se queremos que no dia seguinte a Senhora Dona Enfermeira reconheça a nossa presença na enfermaria como um dos possíveis membros do grupo de “pedintes visitantes idiotas e atrasados mentais”
ºdlºdç
Lição nº 10
No dia seguinte, repetir as 9 lições anteriores. Lá porque resultou da primeira vez, nada garante a segunda – as Senhoras Donas Enfermeiras têm “dias”, como todas as outras pessoas ... aliás ... as Senhoras Donas Enfermeiras têm horas ... minutos ... segundos ... tudo pode mudar num milésimo de segundo
ºdlºçdd
ANEXO IMPORTANTE 1:
NUNCA!!!! JAMAIS!!!! CHAMAR POR UM MÉDICO NA PRESENÇA DAS SENHORAS DONAS ENFERMEIRAS – É ESTRITAMENTE PROIBIDO E COMPLETAMENTE ESTÚPIDO FAZER ISTO, SE NÃO DESEJAMOS QUE AS SENHORAS DONAS ENFERMEIRAS SEJAM NOSSAS INIMIGAS PARA A VIDA – a técnica é simples: fazer a conversa de modo que sejam elas a sugerir a presença do médico, CASO CONTRÁRIO PEDIR UM MÉDICO É CONSIDERADO PELAS SENHORAS DONAS ENFERMEIRAS UMA OFENSA GRAVÍSSIMA E BASICAMENTE É O MESMO QUE ESTAR A DIZER QUE ELAS NÃO PERCEBEM NADA DO ASSUNTO
ºdlºçd
ANEXO IMPORTANTE 2:
JAMAIS SUPOR QUE AS LIÇÕES ACIMA MENCIONADAS SE PODEM APLICAR AOS EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DOUTORES!!!!!!!
PARA ESSES, HAVERÁ OPORTUNAMENTE UM CONJUNTO DE LIÇÕES ADEQUADO. AGUARDAR POR ELAS.
Os Excelentíssimos Senhores Doutores vivem noutro mundo ... o dos deuses ... garanto que sei do que falo ... tenho lá um em casa há 36 anos ...
Os Excelentíssimos Senhores Doutores SALVAM!!!! (nesta altura favor fazer vénia à chinês – tronco desce bruscamente em ângulo recto e cabeça toca no chão com estrondo) VIDAS TODOS OS DIAS!!!!! OK???!!!! AH BOM!!!! .....

quinta-feira, 24 de julho de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

A Queda de Ícaro (1636-1638)
Peter Paul Rubens (1577-1640)
dçfkdçlf
Óleo sobre madeira, Musées Royaux des Beaux-Arts, Bruxelas
dçklfçldk
dkfçld
"O pintor barroco flamengo foi o maior artista do Norte da Europa do seu tempo e é hoje reconhecido como um dos expoentes máximos da pintura ocidental. Completando a fusão entre a tradição realista flamenga e a liberdade imaginativa e os temas clássicos da Renascença Italiana, ele basicamente revitalizou e redireccionou a pintura do Norte da Europa. Um devoto Católico Romano, inbuiu as suas muitas pinturas religiosas com a emoção da Contra-Reforma. Mas, se as suas raízes nasceram na arte clássica italiana e nos dogmas Católicos, Rubens evitou a repetição estéril das formas académicas, injectando nas suas pinturas uma exuberância luxuriante e uma energia quase frenética."
kldfçldf

dlkfçld
"Qualquer criança tem o espírito da criação. A estupidez da vida extermina frequentemente esse espírito através da praga e da malevolência da própria alma."

quarta-feira, 23 de julho de 2008

MAGIC MOMENTS 43

Para ti, Fipinho :) Da mana.
çklfçldkf
fkld


terça-feira, 22 de julho de 2008

PALAVRAS PARTILHADAS

OS SETE PECADOS MORTAIS
ldfçdºl
Capítulo Terceiro
klfçldkf
Vaidade & Gula

lfkglf

fkjglfkg

çlkfçld

çflçd

~~~~~~~~~

lfkçdk
Estou nos teus olhos. Vês-me? Eu vejo-te.

Eu sou os teus olhos por todo o lado de ti.

Por dentro. Por fora. À superfície da pele. Sobre a pele.

Nos interstícios de ti.

Quero-te! Desejo-te! Sou tu e tu és eu. Sou o desejo de ti próprio.

Sedento. Insaciável. Incompreensível.

Estou em todos os espelhos, em todos os lagos,

em todas as superfícies que reflectem o teu perfil.

Encho-te o peito do mundo. E tu ficas maior que o mundo.

Ergo-te a cabeça mais alta que todos os outros que te rodeiam.

E tu ficas infinito. Observo-te e a tudo o que fazes.

Não me consegues ludibriar, jamais.

Sei quem és. Sei o que os outros não sabem.

Sei o que os outros não entendem. Conheço tudo o que podes fazer.

Desprezo tudo o que os outros fazem.

Só tu. És só tu. Só tu existes para mim. Não me conheces?

Dou-te tudo o que queres e digo-te tudo o que queres ouvir. Sempre.

Mas lembra-te, se me ouvires apenas a mim, estarás condenado

a viver em solidão o resto da tua vida.

Sou VAIDADE ...
kfçldkf
~~~~~~~~~

fçlkgçlf
Se queres empaturrar-te em Gula ...
çdºfldºçf

çflºdl
saltita até Dry Martini

segunda-feira, 21 de julho de 2008

GEOLÂNDIA 17

INFINITO
FDKLÇLFK
FLKDÇL

domingo, 20 de julho de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 24


dlfºçdlf

Nunca se deve confundir a obra com o autor. O autor e a obra agradecem. O autor e a obra nada têm que ver um com o outro, não no sentido que pensamos que têm e, caso tenham, não é da conta de ninguém. Pode haver mal entendidos descomunais quando se confundem a obra e o seu autor.
LGFLGÇF
Veja-se o caso de James Brown. James Brown era um génio da música. Era o rei do soul. O homem abria a boca e escorria-lhe soul em catadupa. O homem mexia um dedo do corpo e o soul brotava-lhe dos poros como suor. O homem fazia um movimento e aquilo é tanto soul que até encandeia. Quando se ouve James Brown, o cérebro pára e fica em piloto automático e a nossa alma agradece.
fçlºçdlf

Ora bem.
James Brown, o homem, era um javardo de primeira ordem. Batia na mulher, bebia que nem uma esponja e esteve preso inúmeras vezes.
Quando ouço James Brown, não quero saber se o javardo batia na mulher. Se quisesse, não o podia ouvir, certo? A não ser que tenha a mesma opinião que muitos javardos que conheço que dizem que quando um homem bate numa mulher “elas devem gostar, porque deixam”.
Quando ouço James Brown não quero saber se ele escreveu as músicas que eu ouço a snifar cocaína e a emborcar garrafas de whiskey às paletes enquanto amandava uns valentes tabefes à mulher.
Assim como não me interessa para nada que o Hemingway fosse outro javardo tarado sexual que abusasse das mulheres e um alcoólico que acabou com a sua própria vida suicidando-se. Nada disso tem que ver com as coisas impressionantes que ele escrevia. Ou que Brando tenha tido não sei quantos filhos de não sei quantas mulheres que acho que já nem ele sabia e que se tenha isolado numa ilha como um eremita durante anos ou que tenha passado os últimos anos da sua vida a emborcar comida que nem um doido e a observar o comprtamento dos carreiros de formigas, que ele achava muito mais interessantes que os humanos (às vezes concordo com ele ...)
dfklºçdl

E isto é algo que custa muito encaixar. Mas é assim que tem de ser. Obra e autor não podem nem devem ser confundidos. Ou não haveria arte que resistisse a tanta javardice no mundo. Porque os autores das obras-primas são humanos, não são deuses. E aí começa o primeiro entendimento da arte. Que um ser javardo como o humano seja capaz de produzir mesmo assim obras maravilhosas e quase transcendentais, eis a magia que reside no mistério absoluto da arte e no mistério absoluto deste ser imperfeito que somos.

sábado, 19 de julho de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Rapariga ao Piano (1963)
(Roy Lichtenstein (1923-1997)
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Óleo sobre tela
kdçsl
lkfçld
"Roy Lichtenstein foi um artista pop americano, cujo trabalho foi largamente influenciado pela publicidade e pela banda desenhada. As suas imagens sugerem na maioria o consumismo. Em vez de tentar reproduzir os seus retratados, Lichtenstein retratava-os do modo como os mass media os vêem, sem nunca ter levado o seu trabalho muito a sério."
çfkgçfkg

çdlkfçdl
"A Pop Art olha para o mundo. Não se parece com um quadro de algo, parece-se com a coisa em si."

sexta-feira, 18 de julho de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 33

AVISO: Este post é de leitura interdita a menores de 18 anos ou a pessoas sem o mínimo de bom senso ou senso de humor dentro da tola
dfldºf
BROTHER
çdlds

fkdçl
Brotheré um filme realizado por Takeshi Kitano. A vida de Takeshi Kitano dava um filme por si só. No Japão ele é já um mito, não há ninguém que não o conheça e que não o adore. Mas não por causa dos seus filmes violentos, poéticos e profundos. Imaginem que o Herman José cómico era também um realizador auteur e terão o vosso Takeshi Kitano.
dfldsf
Takeshi Kitano é um homem dos sete instrumentos. É o maior cómico japonês desde há uns bons 20 anos, tem inúmeros programas de TV que ele próprio cria, apresenta e protagoniza. É também pintor. A realização aconteceu por acaso. Quando o realizador de "Violent Cop" ficou doente e não pôde continuar a rodagem, Takeshi ofereceu-se para prosseguir a tarefa. Nascia aquele que é provavelmente o mais rápido realizador de cinema do mundo - as suas equipas já estão habituadas a filmar à velocidade da luz - ele é conhecido por raramente exigir aos seus actores mais do que um take, porque acredita que a primeira interpretação é sempre a melhor.
çdfldºf
Brotheré um filme que mistura Tóquio e Los Angeles, respectivamente os yakuzas (padrinhos da máfia japonesa) e os gangs americanos e que o próprio Takeshi protagoniza. Como actor, Takeshi consegue ser tão ou mais misterioso do que como realizador.
dçlfdº
Brother é um filme sobre uma estranha e inusitada irmandade estabelecida quase por acaso entre dois homens que não partilham sangue, nacionalidade ou sequer língua comuns. Partilham apenas um código de honra, que é universal, e para o qual não são precisos laços de sangue.
dfçlf
O que aprendi com Brother?
çfldç
* os japoneses dão murros de se lhe tirar o chapéu
sdasdfdf
* na mafia japonesa não se faz beija-mão, mas baixa-se o tronco e a cabeça 500.000 vezes
dfdsf
* mata primeiro, não faças perguntas depois
ddsfs
* os gangs funcionam à base de territórios (como os animais)
sdsd
* os gangsters japoneses são maaaaaaus ...
dsçfld
* se uma faca for suficientemente boa para cortar sushi, também serve para cortar dedos. A importância dos acima mencionados está implicita na ordem pela qual aparecem mencionados
sdlsº
* um japonês furioso é muito mais assustador do que um europeu ou americano furioso, embora não se perceba patavina do que ele diz
çdlf
* uma almofada serve de silenciador para uma arma
sçldfdsº
* já tinha mencionado que se cortam muitos dedos na máfia japonesa? ...
fdçsfl
* não há arma de fogo? faca de sushi? corda do varão da roupa? o veneno para ratos acabou? Não faz mal. Pede-se take-away chinês e bingo! temos uma arma mortífera nas mãos - adivinharam! pauzinhos chineses. Um par deles enfiado nas narinas do nosso opositor e um golpe certeiro. Não entro em pormenores. Não quero contribuir para o aumento da taxa de narinas-jacking.
Os mais interessados que aluguem o filme ...

dklf
E aqui vai o cheirinho do costume:
sçdfldsºf


quinta-feira, 17 de julho de 2008

PALAVRAS PARTILHADAS

Lobos em 20 Questões
ÇLFºÇLD
çlfºçdf
~fldºsçf
Assinale com verdadeiro ou falso as seguintes questões:

ÇDºLFºDÇF
1. É verdade que o lobo é provavelmente o animal mais belo da criação
ºDÇLºGF
2. É mentira que o lobo seja mau, a Capuchinho é que é uma histérica
FÇLGºÇF
3. É verdade que a Michelle Pfeiffer é uma lobimulher de meter respeito
ºÇFLGºÇF
4. É mentira que os Lobos tenham levado tareia da Nova Zelândia - eles tiveram foi pena dos coitados dos All Blacks e deixaram-nos ganhar
º~FLGºÇF
5. É verdade que vestir a pele do cordeiro é mais fácil, mas não tem piada nenhuma ...
ÇFºLGºÇF
6. É mentira que só o Zé Maria é que possa uivar - qualquer um pode e deve fazê-lo, sob pena de desperdiçar uma das formas de comunicação ao mesmo tempo mais primitivas e sábias
FºÇLGºÇF
7. É verdade que o Grupo Lobo faz um trabalho lindíssimo
ºÇGL
8. É mentira que os lobisomens sejam maus - senão porque raio o Harry Potter haveria de confiar num deles? e não me parece que Harry Potter seja nada estúpido
ǺLFGºÇF
9. É verdade que os lobos também choram
ÇLGF
10. É mentira que o Kevin Costner seja a estrela de Danças com Lobos - a estrela tem 4 patas, duas das quais brancas, chama-se Socks, é tímido, não dá autógrafos, é mil vezes melhor actor que o canastrão do Costner e é absolutamente maravilhoso
ÇFºLGºÇF
11. É verdade que entrar numa alcateia é muito mais difícil que conseguir passar pelo porteiro da Kapital
ÇFºLGºÇF
12. É mentira que os lobos uivem, a nós é que nos parecem uivos, sabe-se que já foram redigidos verdadeiros tomos enciclopédicos de sabedoria a partir dos uivos de um só lobo
FÇLGºÇF
13. É verdade o que nos ensina Denzel Washington em "Dia de Treino" - "Para proteger o rebanho é preciso caçar o lobo. Para se caçar um lobo, é preciso ser-se lobo."
ÇFLGºÇF
14. É mentira que os lobos sejam selvagens, são é demasiado sábios para se deixarem domesticar
ÇFLGºÇF
15. É verdade que a Michelle Pfeiffer já amou um lobo chamado Rutger Hauer
çlfºçdg
16. É mentira que o Lobo Mau andasse obcecado pelos 3 Porquinhos – foi cientificamente comprovado que os 3 Porquinhos sofrem respectivamente de esquizofrenia, delírios psicóticos e mania da perseguição
ºçlºrf
17. É verdade que o lobisomem do Jack Nicholson é mil vezes melhor que o do Michael J. Fox
çfºlºlf
18. É mentira que os lobos amem a lua, ela está apenas inadvertidamente na direcção dos seus uivos
fçlgºçf
19. É verdade que eu queria ser como o Shaun Ellis e viver entre os lobos
fçlgºçf
20. É mentira que os lobos persigam pessoas, as pessoas é que perseguem os lobos ...
çºlgºçf

Os resultados da prova serão enviados oportunamente. Boa sorte.

Desafio lançado por Dry-Martiny

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

Defuntear (Assassinar, Matar)
çdkçd


klfçldskf
Escusado será dizer que quando o dedo aterrou nesta palavra, foi daquelas coincidências que vêm mesmo a calhar, uma vez que tenho andado a tentar entender esse verbo há largos meses.
Na verdade, a primeira consideração que se me ocorre é que matar é um acto tremendamente simples, em contraposição à enormidade de implicações que advêm dele. Também é um acto que pode e muitas vezes ocorre com uma aleatoridade impressionante. Todos nós já o praticámos, sem que isso perturbasse minimamente a nossa consciência. Muitas crianças que fomos ou que conhecemos arrancam asas a moscas e enfiam-nas dentro de frascos para observar placidamente a sua morte lenta ou sopram fumo de tabaco para dentro de sapos para depois os ver rebentar. Aqui a morte ainda não é considerada com todas as suas implicações - será apenas um conceito abstracto incompreensível e cujas consequências não nos afectam ou são tão enormes que não somos sequer capazes de compreender o que nos pode provocar interiormente. Um pouco como pensar na infinitude do universo - a partir dum certo número o cérebro deixa de poder continuar a tentar compreender algo tão lato.
jklj
Qualquer investigador criminal nos garantirá com o que podemos catalogar de frieza, que qualquer pessoa é capaz de matar, se as circunstâncias se propiciarem, se houver uma motivação forte, se os meios para isso estiverem ao nosso dispor de imediato e se estiverem a acontecer dentro de nós revoluções tremendas que nos levem a praticar aquele que é considerado o acto e o pecado mais grave que um ser humano pode cometer contra outro ser humano.
dlkjkld
Existem assassinos ocasionais, que matam uma vez na vida porque se passam da cabeça, ou em legítima defesa.
Existem assassinos psicopatas, que um dia explodem e matam muitas pessoas duma só vez, normalmente suicidando-se a seguir.
Existem assassinos por vocação, normalmente associados ao crime organizado, que matam por contrato, porque são pagos para isso.
Existem assassinos que matam outros seres humanos como quem mata moscas, apenas porque essa é a sua forma de resolver problemas. Poderemos incluir nesta categoria os padrinhos da máfia, por exemplo, os ditadores déspotas ou ainda os ancestrais reis sem escrúpulos.
Há assassinos ideológicos, como os terroristas, que matam porque acreditam que cometer esse crime, o mais condenável, é a única forma de conseguirem negociar as suas convicções.
Existem assassinos oficiais, legitimados pelo governo, pela lei, como os soldados ou agentes especiais das polícias e das várias organizações de combate ao crime.
Existem assassinos silenciosos, como os espiões da CIA, da Mossad, do MI6 que matam para provocarem mudanças políticas e alterarem o curso da história.
Finalmente, existem assassinos em série, sociopatas, que vivem para matar. Que preparam a morte de forma metódica e obssessiva. Para quem provocar a morte é um prazer, o maior de todos. Que precisam de matar para sobreviver e cujos intrincados meandros cerebrais a ciência admite ainda estar longe de compreender.
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Existem tantos assassinos neste mundo, e há tantos assassínios a serem cometidos todos os dias, todos os minutos e segundos, que é talvez incompreensível como matar seja ainda um verbo tão distante e complexo para a maioria de nós.
O que é matar, afinal?
É terminar com a existência de alguém neste mundo, irreversivelmente. É, no fundo, ser deus para alguém. E há por aí tantos deuses ao virar de cada esquina ...

terça-feira, 15 de julho de 2008

MAGIC MOMENTS 42

Porque o Kramer é irresistível :)))))))))))))))))))))))))))
dlfkdçlf

segunda-feira, 14 de julho de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Os Amantes (1928)
René Magritte (1898-1967)
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Óleo sobre tela, Museum of Modern Art, Nova Iorque
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“O pintor belga tornou-se conhecido por uma série de imagens muito divertidas. Um técnico consumado, o trabalho de Magritte apresenta frequentemente a justaposição de objectos comuns em contextos invulgares, conferindo novos significados a coisas familiares. Esta é a característica mais comum da sua pintura surrealista ou do chamado "realismo mágico" de que, por exemplo, Gabriel Garcia-Marques faz uso na literatura."
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“Tudo o que vemos esconde outra coisa qualquer, queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos.”

domingo, 13 de julho de 2008

GEOLÂNDIA 16

DIFERENTE
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sábado, 12 de julho de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 40


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"A minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bebé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à discrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voilá! Acaba como um orgasmo!"

Woody Allen

sexta-feira, 11 de julho de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 23

Esta semana sobrevivi a, e passo a enumerar:
- um pai filho da p...
- uma mãe desesperada
- um anormal
- um doido varrido que deve sofrer de múltipla personalidade mas ainda não teve coragem para me dizer
- uma empresa cheia de clientes lunáticos
- o trânsito de sexta-feira à tarde
- 500.000 turistas y sus bagagens acopladas
- um desespero de tal ordem que nem sequer consigo chorar (eu bem tento, mas não sai nada ...)
- 5 documentários sobre snipers, a saber, a história do sniping, snipers do exército americano, snipers das SAS, snipers dos Seals e snipers das equipas SWAT inglesas, já para não falar do documentário sobre snipers russos sem legendas, a que tentei assistir sem êxito (o meu amor pelo russo não chega a tanto ...)
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Como se isto não bastasse, quando cheguei a casa, descobri que o porta-chaves que tenho há anos com um reizinho todo catita se tinha partido. Foi nessa altura que desesperei por completo, fiel à máxima zen que aprendi com o filme “Ghost Dog” – “As questões importantes devem enfrentar-se de forma ligeira. As questões insignificantes devem tratar-se com a maior seriedade.”
Portanto, o raio do porta-chaves deu-me a desculpa para me pôr verdadeiramente histérica.
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Curiosamente, a única coisa que me conseguiu acalmar durante a semana toda foram precisamente os documentários sobre snipers. Perguntem ao Freud porquê ... eu estou para além de querer sequer entender as razões deste misterioso efeito.
Outra coisa boa do desespero, é que descobri que perdi um quilo, o que é sempre bom, sobretudo quando se está nos 58 e o objectivo são os 56. Mais uma semanita de angústia e chego lá!
kfçdl
Tenho por norma, desde há uns tempos, que as minhas angústias devem servir pelo menos um objectivo – divertir os outros. Haja algum sentido nelas. Quer dizer, se vou ou estou a sofrer, ao menos que isso sirva para divertir alguém. Desde que não se divirtam enquanto estou a desesperar, não me importo nada que se riam com as minhas desgraças.
Aprendi outra coisa. Com os 30 e muitos anos, para além de me estar a cagar para o que os outros pensam de mim, descobri que também me estou a cagar para o que eu própria penso de mim mesma, o que é verdadeiramente descompressor. Senão reparem, se estivesse preocupada, nem sequer tinha escrito este post ...
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Em contrapartida, estou a ficar uma expert em sniping. O meu sniper agradece, abana a cabeça e sorri, orgulhoso. Haja alguém que se sinta bem no meio disto tudo, mesmo que seja alguém completamente imaginário ...

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P.S. Este deve ter sido o post mais estúpido que já escrevi aqui, incluindo os do Russell Crowe, mas, querem saber uma coisa? é que estou-me perfeitamente nas tintas ... (ou não? se estivesse mesmo mesmo perfeitamente nas tintas, não tinha posto este Post Scriptum, não é? ...) ... até porque ninguém lê esta porcaria ...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

DDT - Deambulações DeMentes Teóricas 8

A Leftover From God
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No one should have to hear their own mother say she wants to put an end to her life. Just as no one should have to watch their own father put a gun into his own head and scream he wants to die. But sometimes these things happen and they happen to the same someone. Not necessarily at the same time. Which was exactly the case.
Sometimes she thinks she was just a leftover from God. God looked at her parents and decided that the only one who could ever have been born from those two, had to be her. She hasn’t quite understood this, yet. Is she stronger than most? Is she not human? What is she?
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And she walks the streets, trying to fit in, but knowing she can’t. She walks the streets trying to smile, trying to live like everybody else, but knowing she can’t. Everything is just a huge, unbearable lie. And others laugh and they expect her to laugh and she laughs. She is a remarkable actress. No one suspects. How could they? How can she tell them? How could they, the ones that laugh without any worries, ever understand her? And if she did tell them, they would run away from her anyway.
How can she explain what one feels inside when one looks into the face of goodness and sees an angel crying and whishing for her own death? How can she explain what one has learned about the evil that lurks inside men’s hearts. And how can you live like others, when you have seen angels crying and when you have looked evil in the eyes since almost the beginning of your life?
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Ensaio para um personagem

quarta-feira, 9 de julho de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 32

Crime e Castigo
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A história começa assim: um jovem russo empobrecido, com a cabeça cheia de ideias vanguardistas numa Rússia de meados do século XIX, decide matar uma agiota sem escrúpulos, livrando-se das suas dívidas e livrando o mundo de um parasita. A sua ideia é a de que existem pessoas comuns e pessoas extraordinárias e estas últimas têm o direito de matar, se isso for necessário, em prol do avanço da humanidade.
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Será o crime perfeito. E é. Ninguém suspeita de nada, nem ninguém nunca viria a suspeitar, não fosse um pequeno detalhe que começa a corroer todo o edifício da sua teoria - a sua consciência. Raskólnikov começa aos poucos a ser corroído pelo peso da sua consciência e o Castigo de que o título fala não é senão o seu próprio castigo, auto-infligido lenta e sistematicamente, até que Raskólnikov acaba por começar a sofrer de uma terrível paranóia, convencido que toda a gente suspeita de todos e cada um dos seus insignificantes gestos diários.
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Crime e Castigo é um romance obrigatório. Não apenas pelo tema. Mas sobretudo pela forma como está escrito. As deambulações da mente de Raskólnikov, entre a dúvida, o receio, a paranóia, o alívio e de novo a dúvida, o receio, a paranóia ... são extraordinariamente bem escritas. Dostoievsky é um escritor obrigatório, daqueles, dos raros que todas as pessoas deveriam ler, mesmo os que não ligam nenhuma a literatura. Porque perdem uma parte essencial da vida. Não ler Dostoievsky é o mesmo que nunca ter visto a Mona Lisa ou nunca ter ouvido a 9ª
Sinfonia.
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Coloco aqui um excerto, para adoçar o apetite:
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"- (…) Acredito apenas na minha ideia principal, que consiste precisamente em que as pessoas, pelas leis da natureza, se dividem em geral em duas categorias: a inferior (vulgares), ou seja, por assim dizer, o material que serve unicamente para engendrar semelhantes; e os homens propriamente ditos, ou seja, as pessoas que possuem o dom ou o talento de dizer, no seu meio, uma palavra nova. (…) a primeira categoria, ou seja, o material, consta em geral de pessoas conservadoras por natureza, correctas, que vivem na obediência e gostam de ser obedientes. (…) A segunda categoria consta dos que violam a lei, que são destruidores ou têm propensão para o serem, consoante as suas capacidades. (…) A primeira categoria é sempre senhora do presente, e a segunda é a senhora do futuro."

terça-feira, 8 de julho de 2008

AS TELAS DE ANDRÓMEDA

Nu Descendo a Escada Nº 2 (1912)
Marcel Duchamp (1887-1968)
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Óleo sobre tela, Philadelphia Museum of Art, EUA
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"Marcel Duchamp começou a sua carreira criando pinturas de inspiração impressionista, expressionista e cubista. Mas foi como escultor que atingiu verdadeiramente a notoriedade. Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida quotidiana, a priori não reconhecido como artístico, para o campo das artes. Destes, o mais conhecido será A Fonte, obra que o tornou mundialmente famoso - trata-se de um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de construção e assim mesmo enviado ao júri de um concurso de arte, que o rejeitou; entretanto, apesar do gesto iconoclasta de Duchamp, há quem veja nas formas do urinol uma semelhança com as formas femininas, de modo que se pode ensaiar uma explicação psicanalítica, quando se tem em mente o membro masculino lançando urina sobre a forma feminina." Mas provavelmente, isso já serão interpretações a mais ...
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"A arte é uma forma de expressão através de regiões que não são reguladas pelo tempo ou pelo espaço."

segunda-feira, 7 de julho de 2008

PALAVRAS PARTILHADAS

OS SETE PECADOS MORTAIS
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Capítulo Segundo
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Inveja & Preguiça
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Conssssssegues ouvir-me?

Sssssim ... sssssou eu ... sssssibilante ...

a roççççar sssssinuossssssamente a tua pele ...

escorregadia e venenossssssa ...

primeiro torno-te áçççççççççido ... tudo o que desssssejas eu transformo ....

duplico .... triplico .... multiplico ... amplio ...

até tornar o objecto da tua cobiççççççça inssssssuportável ....

lentamente ... torno-te azzzzzzedo ...

e quando olhas para ti em qualquer ssssssuperfíccccccie espelhada

não há nada que te agrade ... nadaaaaaaa ... nadaaaaaa ...

tudo o que tu querias ssssssser .... tudo o que querias ter ...

não te pertenccccccce ... é ssssssempre de outros ... nunca teu ...

ficas cccccccego .... e deixas de te ver ... deixas de te querer ...

deixas de te reconheccccccer ...

ao contrário de ti ussssssurpo-te para mim ...

tomo conta de todos os teus pensssssssamentos ... de todas as tuas emoçççççções ...

de todas as tuas cccccélulas ....

posssssssssuo-te até te reduzir a uma sssssssombra

azeda ... mirrada ... ssssssseca do que foste ...

nunca foste nadaaaaaa ....

aquilo que podias ter e ssssssser mas que não podes ...

porque queres ssssssempre o que é dos outros ...

sssssssou a feiticccccccceira verde que vive dentro de ti ....

ssssssou ...

INVEJA ....

kfçldkf
~~~~~~~~~
fçlkgçlf

Se querers conhecer a Preguiça ...

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çflºdl

arrasta-te até Dry Martini

domingo, 6 de julho de 2008

PALAVRAS EMPRESTADAS 39


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"Hannibal olhou para Louis Ferrat, lendo o seu rosto tão intensamente quanto tinha estudado o seu pescoço, cheirando o medo nele, e disse, 'Louis, algo para o seu cliente ter em consideração. Todas as guerras, todo o sofrimento e dor que aconteceu nos séculos anteriores ao seu nascimento, anteriores à sua vida, quanto é que isso tudo o perturbou?'
'De modo nenhum.'
'Então porque haveria de perturbá-lo o que acontece após a sua morte? É sono imperturbado. A diferença está em que não acordará para isto.' "
Hannibal Lecter em "Hannibal Rising" - Thomas Harris
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"Olha para a caçarola, Clarice. Inclina-te sobre ela e olha para baixo. Se essa for a caçarola da tua mãe, e é muito provável que seja, guardaria entre as suas moléculas as vibrações de todas as conversas alguma vez tidas na sua presença. Todas as trocas, as irritações mesquinhas, as revelações bombásticas, os anúncios rasos do desastre, os resmungares e a poesia do amor.
(...)
Somos elaborações de carbono, Clarice. Tu e a caçarola e o papá morto na sepultura, frio como a caçarola. Está aí tudo ainda. Ouve. Como é que eles realmente soavam, e viviam - os teus pais lutadores. As memórias concretas, não as imagens que incham o teu coração.
(...)
Olha para o honesto ferro e diz-me."
Hannibal Lecter em "Hannibal" - Thomas Harris
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"Bem - observar as contorções dos danados é suposto ser um desporto favorito dos anjos; mas eu acredito que até nem eles acham que as pessoas podem ser mais felizes no inferno."
Newland Archer em "A Idade da Inocência" - Edith Wharton
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"Tudo, entre os mortais, tem o calor do irrecuperável e do fortuito. Entre os imortais, ao contrário, cada acto (e cada pensamento) é o eco de outros que no passado o antecederam [...] Nada pode ocorrer uma só vez, nada é preciosamente precário."
"O Imortal" - Jorge Luís Borges

sábado, 5 de julho de 2008

PALAVRAS ESTÚPIDAS 22

Dr. Sabido e Dr. Monjardino
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“Certas deficiências são, por vezes, modos de a natureza corresponder aos nossos desejos mais secretos.”
Gonçalo M. Tavares, Jerusalém
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Tenho uma deficiência. Sou míope e tenho astigmatismo. Mas o único médico que nunca me meteu medo foi o oftalmologista. Porque será? Odeio ir a qualquer outro médico, seja ele qual for. Mas adoro ir ao oftalmologista. Quando era pequena havia dois médicos que eu consultava regularmente – o Dr. Sabido e o Dr. Monjardino. O primeiro era pediatra, o segundo era oftalmologista. O primeiro era completamente calvo e usava óculos, o gabinete dele estava cheio de cores e bonecada pendurada no tecto, mas se me perguntarem se ainda me lembro do cheiro horrível desse gabinete e da sensação fria da marquesa onde me sentava nua, ainda hoje me arrepio com isso. Odiava o homem, apesar dele ser um dos melhores pediatras de Lisboa e provavelmente do país e de me ter sempre tratado muito bem. Odiava-o com todas as minhas forças, porque me sentava com aquilo que eu achava brutalidade e frieza a mais no raio da marquesa gelada e me examinava sem dó nem piedade durante uma meia hora que era uma tortura autêntica.

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Pelo contrário, na porta ao lado estava o Dr. Monjardino que eu amava platonicamente. O Dr. Monjardino era já muito velho e usava óculos de fundo de garrafa (como quase todos os oftalmologistas). Era grande e fazia-me lembrar o Pai Natal, apesar de não ter barba. Respirava pesadamente para cima do meu pescoço, enquanto encostava a lupa ao meu olho e me mandava ler as letrinhas todas projectadas lá ao fundo na parede, com a sala às escuras. E eu, sentada na cadeira com os pés a dar a dar, adorava aquelas sessões com o Dr. Monjardino.
No dia em que a minha mãe me disse que eu já não precisava de ir mais ao Dr. Sabido, explodi de alegria. No dia em que o Dr. Monjardino morreu, fiquei muito triste. Aqui há uns anos ouvi dizer que o Dr. Sabido também tinha morrido. E fiquei triste. Quando o nosso pediatra morre, morre um bocadinho da nossa infância, mesmo que seja um bocadinho que não temos particular interesse em recordar.
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Adeus, Dr. Monjardino. Obrigada por tratar tão bem dos meus olhos, tão bem que hoje já não preciso sequer de usar óculos constantemente, mas continuo a usá-los porque lhes sinto a falta quando não os tenho.
Adeus, Dr. Sabido. Obrigada por tratar tão bem de mim, tão bem que hoje tenho uma saúde de ferro, comparada com tanta gente que conheço.
E sei muito bem o que diria do meu maço de tabaco diário e da minha média de 5 horas diárias de sono. Dava-me uma palmada no rabo e diria “Tenha juízo!” Vou tentar, Dr. Sabido, prometo que vou tentar.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

MURMÚRIOS DE LISBOA LXV

Os Homens-Aranha
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Homens-Aranha na Torre São Gabriel - Parque das Nações
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Há homens-aranha em Lisboa. Não é só na América.
Os homens-aranha lisboetas não vestem encarnado, mas azul e amarelo, usam capacetes de cores diferentes, consoante as suas personalidades e andam pendurados em cabos. São simpáticos, gostam das alturas, às vezes são tímidos e em vez de baterem à porta, batem à janela. Sobretudo detestam paparazzi armados em chicos espertos. Eu sei porque o ano passado fartei-me de lhes tirar fotografias e eles quando se zangam à séria chegam até a usar linguagem vernacular. É compreensível. Então está ali um homem a trabalhar, pendurado por cordas, a não sei quantas dezenas de metros da segurança do chão e de repente abre-se uma janela e sai de lá uma máquina fotográfica a disparar para tirar umas fotografias altamente com os homens-aranha, que por acaso são eles???!!! Isto não se faz ... É preciso ter respeito pelo trabalho de um homem-aranha, com franqueza ...
franqueldçkfçdlza
Mas também já fui buscar um saco para um deles enfiar a garrafa de água. Os homens-aranha lisboetas podem não ser portugueses. O homem-aranha a quem fui buscar o saco e a quem tirei uma fotografia espectacular que perdi quando o computador teve um dos seus ocasionais ataques (nem imaginam a minha tristeza ...), era ucraniano ou lá por esses lados. Estava lá pendurado na janela uma bela manhã e eu a tentar não me distrair com ele, quando nisto ouço: "Toc. Toc." Olhei para todos os lados, sem perceber muito bem de onde vinha aquele barulho. "Toc. Toc." Outra vez ... Lá olhei para a janela, assim meio a medo, pensando com os meus botões, "Então, mas ó Marta, tás parva ou quê? É claro que não pode ser o homem-aranha que está ali pendurado, ora ... Porque carga de água é que um homem-aranha iria agora estar a bater na janela? ..."
Mas era mesmo. E era mesmo por causa de uma carga de água. Não de chuva, mas da garrafa que tinha na mão. Levantei-me devagarinho ... aproximei-me da janela e abri-a, continuando a pensar "Mas este gajo tá a gozar comigo ou quê? Que raio é que um homem-aranha poderá precisar? Ele não está à espera que eu o segure, pois não?"
E o homem-aranha falou. O problema é que falou em ucraniano, ou russo ou lá o que era. E eu a tentar percebê-lo. E ele a gesticular. E lá percebi que afinal o que ele queria era um saco para enfiar a garrafa de água, porque aparentemente o outro que ele tinha, caira. Lá lhe fui buscar o saco e depois tirei-lhe uma fotografia espectacular a beber água, pendurado. O azar é que a perdi ...
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Os homens-aranha lisboetas só aparecem uma ou duas vezes por ano e deixam qualquer vidro de qualquer janela a brilhar. Depois desaparecem outra vez e a gente tem que ficar um ano inteiro à espera que eles reapareçam. Sabe-se que os homens-aranha lisboetas estão para chegar quando os vidros das janelas começam a ficar realmente peçonhentos, daquela peçonhice que quando se olha lá para fora num dia de verão abrasador por momentos parece que afinal está a chuviscar. Portanto, adoro vidros de janela sujos. Significa que os homens-aranha estão para chegar.
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Este ano estou ansiosa que venham para estes lados de novo. Prometo tentar outra fotografia espectacular, com palavrões ou sem eles. Entretanto, e enquanto eles não se aproximam mais, fica esta ;)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 31

O Caçador
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DKÇLD
A quantidade e qualidade de talento presentes n'O Caçador por cada segundo de película cinematográfica é quase um atentado ao espectador mais desprevenido. Senão vejamos: Meryl Streep em início brilhante de carreira, John Savage (que será feito deste senhor? ...), Christopher Walken e Robert De Niro, para além de todos os secundários igualmente talentosos.
Lembrei-me deste Senhor Filme, depois de rever "At Close Range" com Walken e Taxi Driver com De Niro. E em boa hora. Porque O Caçador não só é um dos grandes filmes sobre o Vietname, embora grande parte da acção nem sequer se passe lá, como é também um retrato intenso da América marcada pela guerra e pelos seus fantasmas.
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O Caçador conta a história de um grupo de amigos e começa precisamente na véspera da partida de 3 deles para o Vietname. A primeira parte do filme é, aparentemente, sobre nada em especial. Há o casamento de um deles, há o copo de água e há a caçada ao veado que Michael (De Niro) deseja realizar antes de partirem. Mas esta primeira parte, que alguns criticam como talvez demasiado longa, serve precisamente para estabelecer as relações entre os diversos personagens, os laços que os unem, a intensidade da sua amizade, os seus amores e desejos, as suas personalidades. E serve para percebermos mais tarde, a violência do que sofrem e para nos sentirmos totalmente identificados com o seu sofrimento.
No Vietname todos eles irão perder a sua inocência. A famosa cena da roleta russa é esse momento, uma cena tão intensa e tão bem representada que é quase pecado não conhecê-la. E O Caçador é, como todas as grandes obras, não só um retrato dos seus protagonistas, como também precisamente o retrato da perda da inocência de uma América assolada por uma guerra distante, terrível e sangrenta, já todos sabemos ...
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Mas O Caçador é também, e sobretudo, uma ode à amizade, uma ode à esperança e à fidelidade de um homem pelos seus companheiros de vida e de guerra. Michael, o caçador de veados do título, é o único que regressa intacto. Um homem de temperamento firme e duro, ele protege os seus amigos durante a guerra e continuará a protegê-los muito tempo depois, ao não se resignar a perdê-los para o sofrimento atroz que ambos sofreram. E irá, como o caçador nato que é, em busca das suas presas até ao fim do mundo, se for preciso, para tentar recuperar o tempo encapsulado na memória das suas vidas comuns. Será que consegue? Vejam e descubram :)
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Um filme imprescindível para qualquer cinéfilo. Uma ode à vida, à amizade e à esperança. Com interpretações de cortar a respiração. Será provavelmente o filme em que Robert De Niro, aqui sim, foi ABSOLUTAMENTE PERFEITO.
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O que aprendi com O Caçador?:
* Chama-se "falsos sóis" ao efeito da luz do sol criado por uma determinada disposição das nuvens, que provoca a percepção visual enganadora de que existem vários astros - os índios acreditam que se trata de uma benção do Grande Lobo ao caçador
* Um veado deve ser abatido com um tiro apenas. Um tiro é o essencial
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E, para quem nunca viu, um cheirinho do filme:
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