sexta-feira, 7 de novembro de 2008

EM BUSCA DE PALAVRAS 45

Às vezes é chato, quando os personagens decidem ser "assado" e nós já tinhamos preparado o terreno para que eles fossem "assim". Muitas vezes a pesquisa determina essas mudanças de rumo, por motivos óbvios.
É a primeira vez que faço tanta pesquisa para uma história. Os temas a isso o obrigavam - morte, assassinos contratados, polícias, crime organizado, armas e outros tantos assuntos sobre os quais eu não tinha noção quase nenhuma, em alguns casos, nenhuma mesmo.
Mas também é certo que se é chato, por outro lado, também é extraordinariamente empolgante e, por vezes, surpreendente. Pequenos detalhes, mínimos, podem alterar completamente a personalidade de um personagem ou uma cena que já estava pensada e repensada.
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Como a pesquisa, também a música pode alterar determinadas noções que tinhamos à priori. E por isso gosto de a usar. Por vezes emperramos numa qualquer particularidade que não há maneira de se nos revelar. Algo está errado e não sabemos o que é. A música pode desemperrar, ajudando-nos a descobrir aquele pequeno "twist" que fará toda a diferença no personagem. E, por vezes, como é o caso num dos personagens, o morto, podem ser apenas determinados aspectos da música que nos obrigam a usá-la, mesmo que a letra possa não ter muito a ver com o tema.
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Faltava "ouvir" a alma de duas personagens, por sinal pai e filha. Assim que "ouvi" a filha, o pai acabou por aparecer por arrasto ... o sangue, ao que parece, fala sempre alto, mesmo em ficção. O outro foi o primeiro de todos a ser "ouvido" e o último é o morto, o único personagem que já deixou de existir quando a história começa, mas cuja alma paira ainda sobre a história determinando algumas acções e, por consequência, o desenrolar dos acontecimentos.
E assim se completa o ciclo.
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I'm a spoiled, jealous girl, I have a boyfriend ... and a knife ...

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I own death

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I play with death

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I am dead

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