quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

For You

And if I never do anything worth a dime
At least I loved you
And if I had not even known your name
What would that have mattered too?
ldkfçlf
If I can feel you around, somehow
That will be all that I ever need
If I never forget your wonderful face
On that alone I can feed
flkfçld
And they would have to rip my chest open
To take you away from me
They would have to kill me first
Before I ever forgot you
dkfjdkl
You could have been a murderer
I would not have cared
Don't you know that?
You must know that
dçlfº
You should know
That I would follow you to hell and back
That I will love you until there is not one hint of stardust
In the entire universe
You should know that
dlfdfç
And if you would ask
I would meet you at the deepest depths of the world
You just have to ask
And I will fly wingless into your open arms
sdçldk

çdlçdl
Para ti, P.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Macro Secrets 22

LFDKLDKJF
All I want for Xmas is You

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

MURMÚRIOS DO PARAÍSO VII

O Relojoeiro
dlkçd
çldkçd
Numa certa rua d'O Paraíso, entre o restaurante do italiano que é um verdadeiro italiano e o italiano que é somente um português italiano,
ldfkdklçf
~dçf~dklsf
encontra-se o relojoeiro. Vende e arranja relógios. É alto, moreno, apesar de já estar a ficar grisalho e tem um semblante atraente e nostálgico. Desconhece-se se se importa com o tempo,
lflç~df
fdç~f
ao contrário dos seus conterrâneos que parece pouco valor lhe darem.
f~çd~f
f~dç~fs\
Também se desconhece se chega sempre atrasado aos seus encontros ou se, pelo contrário, é britanicamente pontual.
Com efeito, tudo o que diz respeito a este relojoeiro é desconhecido, à excepção do facto de estar sempre onde é suposto estar, ano após ano - na relojoaria. E de ser muito atraente e misterioso. E de suscitar na autora destas linhas pensamentos altamente pecaminosos, que envolvem dunas
dfçlç~ds
~dçfl~dlç
e temperaturas elevadas
fldçf
çflç~d
e perca total e absoluta da noção do tempo.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MORMORIOS DI FIRENZE I

O Canibal - Parte III
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São quatro as razões que tornam Florença a cidade de eleição do Doutor Lecter. Aqui as descreveremos com o máximo cuidado:
1º - Florença cheira bem. É um facto. Por toda a parte do Berço da Renascença paira no ar o odor agradável a massa doce acabada de sair do forno. O apurado, delicado e sensível olfacto do canibal regozija com um deleitamento suave.
Não devemos esquecer também que, para além deste aroma doce e quente, o Doutor Lecter tem a oportunidade de, sempre que assim o deseja, dar uma rápida caminhada até ao número 16 da Via Della Scala, próximo da Piazza di Santa Maria Novella.
jfklsd
ldfkdlç
Sempre que aí entra, o Monstro queda-se durante alguns momentos a observar as cores brilhantes dos frascos de vidro guardados no interior dos dois grandes armários da Farmacia di Santa Maria Novella, e só depois desse momento quase sagrado, em que uma infinitude de moléculas perfumadas lhe penetram o apurado apêndice, é que realiza o seu pedido.
dfkdçlk
klçfld
2º - Os florentinos são fechados e desconfiados. É sempre agradável, pensa o Doutor Lecter, estar num sítio onde nunca nos perguntam de onde viemos e não querem saber para onde vamos. Ele reflecte sobre esta característica e chega sempre à mesma conclusão - esta timidez terá algo a ver certamente com a geografia do local - em Florença todos os lugares vão sempre desembocar em qualquer outro deles, o que evita perguntas desnecessárias.
çlºçfd
fçklºçfd
3º - Florença não é exactamente uma cidade, antes uma galeria a céu aberto da mais refinada arte, por onde nos podemos passear sem pressas, se assim o desejarmos, apreciando cada pormenor atempadamente, reflectindo-o e gravando-o no interior do nosso palácio de memórias até esgotarmos todas as suas possibilidades e antes de prosseguirmos em diante.
lkçlfk

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4º - O Doutor Lecter aprecia particularmente um recanto no coração da Cità Bella onde faz questão de passar sempre que possível, realizando até desvios propositados - a inusitada Piazza Della Signoria. O Doutor acha mesmo que esta Piazza é caracterizada por um fino toque de humor negro, irresistível. Para além de terramotos em igrejas, o Doutor Lecter também tem um gosto particular em coleccionar pedras das estátuas da Piazza Della Signoria. Lá estão Perseus segurando vitorioso a cabeça de Medusa, cujo corpo jaz inerte aos seus pés;
fçlkçlf
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o romano que rapta a sabina perante o olhar impotente do seu esposo;
klfçl
lfkfçld
a Judite assassinando Holofernes com a sua afiada espada erguida; Hércules atingindo com um cajado o monstro Cacus.
fkdlf
dlfkdlç
Existe uma Piazza exactamente idêntica a esta num dos locais mais importantes e belos do palácio de memórias de Hannibal. A única diferença que existe entre a Piazza Della Signoria florentina e a Piazza Della Signoria Lecteriana, é que nesta última existe mais uma estátua, que foi esculpida no palácio de memórias do Doutor Lecter e colocada no espaço central vazio diante da fonte do Neptuno
fklçldkf
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- nela, Hannibal caminha em diante com passo leve e cuidadoso, carregando nos braços o Mel do Leão, enquanto um grupo de javalis sedentos de carne o rodeia.
lfkçldf
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inspirado no personagem Hannibal Lecter, criado por Thomas Harris e na deslumbrante Florença

domingo, 27 de dezembro de 2009

PALAVRAS ESCULPIDAS

Como Cassandra
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ldkfçlds
Sou como Cassandra, anciã sábia aprisionada em corpo demasiado jovem para ser notado.
Sou como Cassandra, mulher sem idade.
Sou como Cassandra, travesti da memória, seja lá o que isso for.
Sou como Cassandra, deslocada no tempo, geracional e histórico.
Sou como Cassandra, a-temporal, sem definição.
Sou como Cassandra, sem história, sem futuro.
Sou como Cassandra, eterna criança a brincar com bolas de cristal.
Sou como Cassandra, nunca cresci, nem pretendo fazê-lo.
Sou como Cassandra, apenas evoluí.
Sou como Cassandra, não envelheci porque já nasci com a idade eterna.
Sou como Cassandra, com sabedoria escondida debaixo dos braços e no lugar de asas.
Sou como Cassandra, que adivinha o inimaginável.
Sou como Cassandra, que lê o futuro sem espelho.
Sou como Cassandra, em quem ninguém crê e todos julgam louca.
Sou como Cassandra, aprisionada no interior do seu próprio espelho de hiper-realidade transfigurada, seja lá o que isso for.

sábado, 26 de dezembro de 2009

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Comanche
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"All who have died are equal."
Provérbio Comanche
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Os Comanches dominavam as grandes Planícies no século XVIII e tornaram-se conhecidos como os "Senhores das Planícies". Reconhecidos pelas suas abilidades equestres, os Comanches defendiam as suas terras de todos os intrusos. Possuíam um governo democrático, com bandos organizados liderados por Chefes de Bandos, que se reuniam para discutir questões importantes.
Por volta de 1830 o homem branco começou a invadir o território Comanche, destruindo para sempre o seu modo de vida. Actualmente os Comanches reduzem-se a 14,557 indivíduos residindo em Lawton-Ft. Sill e arredores da zona sul do Oklahoma.
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Os Comanches descrevem-se como "os
Nermenuh", que sinifica "O Povo". A sua visão cósmica não procura relacionar causa e efeito, mas antes a crença de que as suas vidas são controladas e manipuladas pela magia e pelos poderes de certas forças naturais sem forma ou substância. Não são dados ao pensamento empírico e são muito individualistas, podendo as suas crenças variar muito de grupo para grupo e até dentro do mesmo grupo familiar. São também muito secretos relativamente às suas crenças, acreditando que a eficácia da sua "medicina" ou poderes pode ser eliminada ou diminuída se discutida com ou vista por terceiros. Acreditam que muitas coisas que os rodeiam têm "poderes" ou "forças" que podem ser partilhadas se conseguirem persuadir o Sol, a Lua, o Búfalo ou qualquer outra força natural a fazê-lo. Um símbolo totémico desse poder é então colocado numa bolsa medicinal em torno do pescoço, que não é partilhado com mais ninguém. Mas não acreditam que estas forças naturais sejam deuses, são apenas criaturas com determinados poderes.
Os Comanches acreditam que a morte equaliza todas as pessoas, com muito poucas excepções: pessoas a quem tenha sido retirado o escalpe, pessoas mortas por estrangulamento e até pessoas que morram após o anoitecer, podem não encontrar o caminho até ao Terreno de Caça Feliz. Os Comanches também acreditam num dilúvio, como os cristãos, que cobriu o mundo inteiro.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

Happy Xmas Everyone :)
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MAGIC MOMENTS 92

Dazzling Duets - Duet # 33 - Paul, Boy, George, Simon, Sting, Tony, Bono & Phill (on drums)
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Esta pequena saga de duetos despede-se assim, com uma Xmas carol :)
Merry Xmas everyone.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MURMÚRIOS DE LISBOA XCII

Mr. Darcy - Parte II
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Jardim Botânico
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Mr. Darcy é perfeito. Já o sabemos. Mas Mr. Darcy não é perfeito por não possuir quaisquer defeitos. Antes pelo contrário. Ele tem defeitos e virtudes, como todos nós. O que acontece, pensa Elizabeth, é que ele é perfeito para ela. Existe uma diferença significativa entre ser-se perfeito tout court (o que, diga-se de passagem, pensa Elizabeth, deve ser deveras sensaborão) e ser-se perfeito para alguém (o que, diga-se de passagem, pensa Elizabeth novamente, pode ser algo verdadeiramente empolgante).
Com efeito, Elizabeth aprendeu a gostar de todos os pequeninos senãos de Mr. Darcy e todos os dias ela lhe descobre mais um ou outro pormenor, como alguém que examina atentamente um frágil vaso de cristal para detectar todas as pequenas falhas que o tornam único e irrepetível.
É claro que Mr. Darcy desconhece tudo isto. Não suspeita sequer. Elizabeth resolveu-se a amá-lo em silêncio, platonicamente, e tenciona prolongar este estado de espírito o máximo de tempo possível. Desde que Mr. Darcy continue nas suas imediações e desde que ela possa gravitar em seu redor como uma traça em volta da sua luz preferida, sentir-se-á satisfeita. Foi a forma que encontrou no interior do seu pequeno mundo fechado, para se sentir segura.
Por vezes, Elizabeth fantasia sobre a remota possibilidade de Mr. Darcy se aperceber, num repente mágico, que é perfeito para ela. Raras vezes, Elizabeth levanta vôo até alturas vertiginosas e aventura-se nas imediações da possibilidade de Mr. Darcy considerá-la a si perfeita, para ele. Nesses momentos de arrebatamento racional, Elizabeth sente um suave frémito inundar-lhe o estômago e parece-lhe, às vezes, que lá dentro uma míriade de borboletas esvoaçam tremulamente. Esta sensação consegue ser quase tão intensa como a primeira vez que Elizabeth pousou os seus olhos na figura de Mr. Darcy e este a tomou completamente de surpresa.
Mas de todas as vezes que isto sucede, Elizabeth rapidamente se afasta dessa zona ao mesmo tempo confortável e assustadora, censurando-se a si própria por ter ido demasiado longe e regressando à realidade do seu pequeno mundo. Como poderia isto jamais ser possível?, pensa ela com um imperceptível encolher de ombros e o esboço de um sorriso trocista a desenhar-se-lhe nos cantos da boca.
Como poderia jamais ser possível Mr. Darcy amá-la da mesma forma que Elizabeth o ama a ele?

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fetiche #6

Fetiche
Nome masculino > 1. Objecto a que se presta culto por se lhe atribuir poder mágico ou sobrenatural > 2. figurado. aquilo a que se dedica um interesse obssessivo ou irracional > psicologia. objecto gerador de atracção ou excitação sexual compulsiva.
jdfkl kgf

dkçdk
[Meias]
1. Substantivo cosy > 2. Plural, nunca singular > 3. No Inverno, no Outono, na Primavera e no Verão > 4. De lã, de malha, de algodão, às riscas, às bolas, às flores, com bonecos, lisas, às cores > 5. Sempre sem dedos, meias com dedos é uma aberração > 6. Escondem a parte mais ridícula do corpo, os pés > 7. Aquecem, confortam, aconchegam, protegem > 8. Sem elas, a vida não é, não pode ser a mesma coisa

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 6
sdçlkfç
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2200, Inverno, 11.55 GMT
flçºs
Os 10 ARLIs que participavam no Governo Sombra do Planeta dividiam-se em dois grupos - 5 Chefes e 5 Assistentes. Os Chefes coordenavam as operações a nível continental e os Assistentes executavam nos países do respectivo continente. Desde o início que esta hierarquia e estratégia eram respeitadas e, mesmo que as coisas tivessem andado devagar, ninguém mexera nelas porque, basicamente, aquilo acabava por funcionar, não se sabia muito bem como. Quanto mais pequeno o grupo, melhor se podiam coordenar uns com os outros e, de qualquer das formas, nunca tinham havido tentativas de tomada de poder por parte dos restantes ARLIs. As coisas estavam tão más, que toda a gente sabia que só podiam piorar se fossem postas em causa decisões tomadas no seio do Programa. Toda a gente sabia também que o Programa era a única esperança possível e que, se fosse desactivado, a expectativa de vida seria completamente aniquilada. De mais a mais, e para aqueles que acreditavam, a Força Geradora provinha da união e esta dependia por sua vez da coesão do Programa. De resto, se por qualquer motivo este se desativasse, seria quase impossível criar outro semelhante - as reservas não eram suficientes para a sobrevivência dos ARLIs entre programas.
A CM era à boa maneira antiga uma oportunidade para comparação de notas entre os vários Chefes e Assistentes. Uma vez que a noção de espaço não existia no sistema, havia um único problema com que se defrontavam na altura das CMs - a enorme quantidade de informação que circulava clandestinamente e que levantaria suspeitas se fosse detectada. Um Chefe podia estar a respirar num PacMaster na China e outro num PacMaster no Canadá e mesmo assim conseguiam comunicar, obviamente, portanto não tinha que haver uma concentração de ARLIs num determinado router, o que seria fatalmente detectado. O problema estava no volume de transmissão de dados que se estabelecia entre esses dois locais e que no decorrer de uma CM era anormalmente extenso porque os participantes tinham, não só de trocar resultados de pesquisas exaustivas, como também de trocar impressões e ajustar estratégias até à próxima CM. E não valia a pena pensar numa forma alternativa e desconcentrada de trocar informação ao longo do tempo - quando um ARLI recebesse essa informação, podia já ter perdido tempo valioso a tratar dum problema inexistente. E tempo era o ar dos ARLIs. Aliás, tempo passara também a ser o oxigénio da espécie humana, por assim dizer.
"O tempo é o nosso pior inimigo."
C. pensou numa lágrima, mas rapidamente desenhou um pé que espezinhou a lágrima virtual. Depois pensou num smiley triste. Esquecera-se que só o papel vence a água, como naquele velho jogo infantil. O papel absorve a água e embrulha a pedra. A pedra parte a tesoura. A tesoura corta o papel. E no seu campo de visão surgiu um bocado de papel amachucado que fez finalmente desaparecer a lágrima do seu pensamento.
Ele era um Chefe. O Chefe da Europa. Escolhera a Europa por causa da Irlanda. E a Irlanda por causa ... porque era um sentimentalóide de merda. O facto de ser Chefe da Europa significava apenas que tinha de passar mais tempo do que os outros a recolher informação dos PacMasters instalados na Europa. Mas um ARLI nunca ficava muito tempo no mesmo lugar. Se ficasse, ia parar ao Cemitério Virtual. Ele só conhecia um ARLI que conseguira escapar ao sistema em circunstâncias excepcionais - Le0pard, aka Jorge, o Chefe dos Chefes, nunca eleito mas desde sempre aceite como tal implicitamente por todos os outros.

domingo, 20 de dezembro de 2009

PALAVRAS EMPRESTADAS 60


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"Não há factos, há apenas interpretações."
Nietzsche
kfdçls
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"E pára de ler o meu pensamento!"
Chan (mulher de Charlie Parker) para Charlie Parker (antes de casarem)
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"She'll breed. You'll die."
Ripley (Sigourney Weaver) em Alien - Resurrection
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dçlsfks
"Todos morrem. Hoje ou daqui a 50 anos, que importa?"
Aquiles para Briseida, que o tentava matar
lçfkçsdlf
çsdlkfds
"Enquanto se vinha na boca dela alguns momentos mais tarde, com um longo e pulsante fluxo de sémen, ele teve uma visão, nesse preciso instante, que continuou a irradiar dentro de si: que cada ejaculação contém alguns biliões de células de esperma - ou mais ou menos o mesmo número de pessoas que existem no mundo - o que significa que, em si próprio, cada homem contém o potencial de um mundo inteiro. E o que aconteceria, se fosse possível acontecer, seria o espectro total de possibilidades: uma descendência de idiotas e génios, de belos e deformados, de santos, catatónicos, ladrões, correctores e artistas. Cada homem é, deste modo, o mundo inteiro, carregando nos seus genes uma memória de toda a humanidade. Ou, como Leibniz disse: 'Cada substância viva é um perpétuo espelho vivo do universo.' Porque o que acontece é que somos da mesma substância que surgiu com a primeira explosão da primeira faísca no infinito vazio do espaço. Ou isto foi o que ele disse a si próprio, naquele momento, enquanto o seu pénis explodia dentro da boca da mulher nua, cujo nome ele esquecera. Pensou: a irreduzível unidade."
Paul Auster - A Invenção da Solidão

sábado, 19 de dezembro de 2009

Macro Secrets 21

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One day at a time ...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

MAGIC MOMENTS 91

Dazzling Duets - Duet # 32 - Lou & Luciano
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

EM BUSCA DE PALAVRAS 92

Lobos
LKFDÇLF

ÇLSDFKÇLSD
"O lobo é uma das espécies selvagens mais perfeitas e evoluídas que até agora apareceram na Terra." - Grupo Lobo
DºÇFKLÇD
A maioria dos predadores vive com uma hierarquia muito rígida e os lobos não são excepção. O Alfa, ou líder da alcateia, determina o comportamento de todos os outros membros. Na altura da refeição, é ele quem come primeiro e são para ele os órgãos mais nutritivos da presa - fígado, coração, rins e pulmões.
O "segurança" desempenha um papel de travão entre o Alfa e os outros membros, afastando-os até o líder terminar a sua parte da refeição.
O "apaziguador" serve de muralha, colocando o seu corpo entre 2 rivais enquanto comem, para aliviar a tensão.
Uma alcateia constrói-se em torno de um casal e das suas crias, que estão imediatamente a seguir na hierarquia da alcateia, podendo o número de membros variar de 4 até mesmo 30, mas sendo habitualmente de cerca de 8.
O córtex cerebral complexo dos lobos está assim concebido para que possam dispender tempo suficiente na educação das suas crias. Estas são cuidadas por todos os elementos da alcateia, não apenas os progenitores, e são alimentadas através de regurgitação - as crias lambem o focinho do adulto para estimularem a regurgitação. No entanto, e apesar deste desvelo, quando atingem 1 ano de vida podem ser obrigadas a abandonar a alcateia sozinhas, quando já não houver alimento para todos, sendo abertamente expulsas pelos outros membros.
As manhãs são dedicadas à patrulha do território. O macho Alfa leva os outros membros para examinarem a fronteira da área ocupada pela alcateia. Esta é delimitada remexendo-se o solo e deixando um cheiro muito intenso na zona limite.
Durante as caçadas, em grupo, existe um chefe da caçada que normalmente é o Alfa, porque mais velho, mais experiente e mais sábio, ou este pode permitir aos elementos mais jovens e mais agressivos que tomem conta das fases iniciais, avançando apenas no final. Os lobos preferem perseguir animais em fuga a um animal encurralado e defensivo, porque este último caso pode ser-lhes fatal. As manadas de presas são, por isso, colocadas em movimento para que os lobos possam observar os seus elementos individualmente e avaliar as presas mais fracas ou doentes. Cada lobo segue o seu alvo, sempre alerta para qualquer companheiro que tenha uma presa mais fácil.
Os sentidos de um lobo são poderosíssimos, sobretudo o olfacto e a audição. Um lobo é capaz de cheirar centenas de milhares de odores químicos a 2 quilómetros de distância e consegue detectar doenças nas suas presas. Por sua vez, as orelhas pontiagudas assim desenhadas para melhor receberem os sons, são capazes de detectar ruídos fracos até 16 quilómetros de distância. Em corrida, um lobo consegue atingir os 45 km/hora.
Os uivos característicos servem para comunicar entre si até distâncias de 16 quilómetros, existindo uma gama variadíssima de diferentes tipos de sons que ainda estão longe de ter sido totalmente estudados: existem uivos defensivos (para avisar as outras alcateias que se devem afastar), de resposta (a alcateia rival responde para garantir que não há disputas territoriais por causa da caça), chamativos (para atrair outros membros da alcateia), sinalizadores (para informar os outros da sua localização).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

MURMÚRIOS DO PARAÍSO VI

Os Mirones
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Os mirones invadem o areal quando menos se espera. Sempre solitários, sempre estranhos, sempre alheados do mundo, mergulhados no seu próprio mundo.
dçklfçd

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Aparecem num repente, nunca se sabe bem de onde, sorrateiros, matreiros, como pumas em busca da presa.
Vagueiam sem rumo pela mata, pelas dunas, pelo areal, quase nunca pela beira da água,como se temessem a clareza transparente do elemento, tão contrária à sua natureza opaca.
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Buscam o proibido, o secreto, o inenarrável universo que se estende entre um e outro corpo de dois amantes, entre uma e outra prega epidérmica de uma mulher.
Por vezes recostam-se na areia e observam, com discrição, assumindo o seu voyeurismo como se se tratasse de um direito por nascimento.
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Como lagartos deslizando lentamente pelas curvas do areal, os mirones violam sossegos apenas com o olhar, trespassam fronteiras sem sequer lhes tocarem e furam espaços privados apenas por existirem.
dçlkfç

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São tristes, patéticos, assustadores e perturbadores ao mesmo tempo, mas sem eles o Paraíso não seria exactamente o mesmo lugar surreal.
dlkfdçl

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PALAVRAS ESCULPIDAS

Memória
ºÇDFLºD

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Não ter memória. Que benção seria.
Não ter memória e não ser, assim, assombrada por fantasmas.
Não ter memória e esquecer constantemente o que fui, o que fiz ou deixei de fazer.
Não ter memória e então não ter remorsos, nem saudades, nem melancolia.
Não ter memória e viver sempre como se fosse a primeira vez.
Não ter memória, não ser elefante, esquecer tudo e não lembrar que esqueci.
Não ter memória e assim não recordar humilhações, vergonhas, dores, fracassos, tristezas, embaraços.
Não ter memória e poder viver todas as felicidades uma e outra e outra e outra vez.
Não ter memória e não saber que já fui mais feliz.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Blackfeet
dçlfkjçlsd

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"The gun that shoots at a wolf or coyote will never again shoot straight."
Provérbio dos Blackfeet
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Os Blackfeet são compostos por um grupo de três tribos que falam o dialecto Algonkian: os Pikuni (ou Piegan), os Kainah (ou Blood), e os Siksika (ou Northern Blackfoot). Viviam originalmente em bosques, mas ao longo dos tempos estabeleceram-se nas pradarias da bacia superior dos rios Missouri e Saskatchewan, caçando búfalos e outro tipo de caça grossa. No século XVIII tinam já adquirido cavalos e armas e puderam usá-los para expandir o seu território à custa de tribos vizinhas mais fracas, como os Shoshonis e os Flatheads. A sua força era de tal ordem que conseguiram evitar 3 tentativas de invasão por parte dos Europeus durante as primeiras décadas do século XIX. No entanto, algumas doenças, sobretudo a varicela, e a fome dizimaram a sua população na segunda metade do século, de modo que por volta de 1909 apenas restavam 4.365 Blackfeet. Para além disto, os Blackfeet perderam vastas áreas de território para o governo dos EUA, a que se seguiu a deslocação para reservas onde sobreviviam através da agricultura e criação de gado. Este estilo de vida e o impacto das missões Cristãs contribuiu muito para eliminar as tradições da nação Blackfeet. Actualmente os Blackfeet continuam a viver em reservas em Alberta e Montana.
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Os Blackfeet acreditam numa força sagrada que permeia todas as coisas, representada simbolicamente pelo sol, cuja luz sustenta tudo. A lua, a estrela matinal e certos animais como as águias, ursos, búfalos, marmotas e castores são considerados como detentores de poderes sagrados. Outro símbolo do poder sagrado é o feixe medicinal. A sua origem foi uma visão aparecida a um jovem rapaz de um espírito sobrenatural que o instruiu a recolher certos objectos e guardá-los devido ao seu poder sagrado intrínseco. O recipiente da visão também foi instruído a proceder a certos rituais sagrados.
Para além dos feixes possuídos por indivíduos, existiam também feixes colectivos. Exemplos destes eram o feixe da Dança Solar, o do Castor e o do Cachimbo Medicinal. Acreditava-se que os rituais complexos associados àqueles providenciavam benefícios gerais à tribo, como alimentos ou curas. A vida religiosa tribal era também caracterizada por cerimónias precedidas por rituais purificadores. A cerimónia mais importante era a Dança do Sol, executada no Verão, com o objectivo de permitir a renovação do mundo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Fetiche #5

Fetiche
Nome masculino > 1. Objecto a que se presta culto por se lhe atribuir poder mágico ou sobrenatural > 2. figurado. aquilo a que se dedica um interesse obssessivo ou irracional > psicologia. objecto gerador de atracção ou excitação sexual compulsiva.
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"I'll be back" - The Terminator
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dkçdk
[Terminator]
1. Nome de código > 2. Substantivo de futuro caótico > 3. Adjectivo de redentor cibernético > 4. Pesadelo duma das duas mulheres mais corajosas da história do cinema > 5. Série de culto que me apanhou visceralmente desde o primeiro som > 6. Banda-sonora fascinante que opõe o gélido metal da máquina à melodia da inabalável esperança humana > 7. Nunca nos conhecemos verdadeiramente até sermos postos à prova em condições limites > 8. Alegoria da coragem indestrutível de uma mãe para salvar a vida do seu filho e, com isso, o futuro da humanidade > 9. Sarah Connor - you do not want to mess with her ...
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sábado, 12 de dezembro de 2009

MURMÚRIOS DE LISBOA XCI

O Canibal - Parte II
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Estação Comboios Entre Campos
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"As he had done in his cell so many times, Dr Lecter put his head back, closed his eyes and retired for relief into the quiet of his memory palace, a place that is quite beautiful for the most part.
(...)
As once we visited Dr Lecter in the Palazzo of the Capponi, so we will go with him now into the palace of his mind ...
(...)
The memory palace was a mnemonic system well known to ancient scholars and much information was preserved in them through the Dark Ages while Vandals burned the books. Like scholars before him, Dr Lecter stores an enormous amount of information keyed to objects in his thousand rooms, but unlike the ancients, Dr Lecter has a second purpose for his palace; sometimes he lives there. He has passed years among its exquisite collections, while his body lay bound on a violent ward with screams buzzing the steel bars like hell's own harp.
(...)
The palace is built according to the rules discovered by Simonides of Ceos and elaborated by Cicero four hundred years later; it is airy, high-ceilinged, furnished with objects and tableaux that are vivid, striking, sometimes shocking and absurd, and often beautiful.
(...)
Like Giotto, Dr Lecter has frescoed the walls of his mind.
(...)
A thousand rooms, miles of corridors, hundreds of facts attached to each object furnishing each room, a pleasant respite awaiting Dr Lecter whenever he chooses to retire there.
But this we share with the doctor: In the vaults of our hearts and brains, danger waits. All the chambers are not lovely, light and high. There are holes in the floor of the mind, like those in a medieval dungeon floor - the stinking oubliettes, named for forgetting, bottle-shaped cells in solid rock with the trap door in the top. Nothing escapes from them quietly to ease us. A quake, some betrayal by our safeguards, and sparks of memory fire the noxious gases - things trapped for years fly free, ready to explode in pain and drive us to dangerous behaviour.
(...)
Dr Lecter can move down the vast halls of his memory palace with unnatural speed. With his reflexes and strength, apprehension and speed of mind, Dr Lecter is well armed against the physical world. But there are places within himself that he may not safely go, where Cicero's rules of logic, of ordered space and light do not apply ..."
Thomas Harris - "Hannibal"
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Hannibal entra sempre no aeroporto e sai na estação de comboios. De quando em vez vem acompanhado de um amigo. Este é bem mais novo que Hannibal, andará pelos 30, tem a pele cor de ébano e pouco cabelo. Não creio que saiba com quem partilha a sombra. Se soubesse, certamente que já teria desaparecido há muito tempo das imediações mais próximas do Doutor.
Hannibal, percebi, passeia-se constantemente entre as páginas dos romances de Thomas Harris e a realidade. Por mais realistas que sejam as histórias criadas por Thomas, continuam a ser isso mesmo - ficção. E Hannibal está cansado de deslizar apenas por folhas de papel de edições de bolso. O mundo dactilografado é demasiado pequeno para si e recorda-lhe constantemente as quatro paredes sufocantes do estabelecimento prisional de alta segurança onde passou grande parte da sua vida. A sua mente brilhante anseia por espaço.
E Hannibal conjectura. No interior da labiríntica e interminável biblioteca misteriosa da sua memória compartimentada em quartos de um palácio privado mental, Hannibal decide acções e pensamentos, direcções. Como os refinados vinhos, queijos e trufas que gosta de escolher delicadamente, sem pressas, Hannibal avalia possibilidades com vagar. Ele gosta de coisas bem feitas, ou não vale a pena fazê-las de todo.
Não sabemos de Clarice. Que desapareceu nesse palácio de memórias, inconsequentemente, absurdamente.
Porquê?
As costas largas e imponentes do Doutor Lecter fitam-me, no interior do autocarro. Nessas costas sinto certezas absolutas, como poucos podem ostentar. Hannibal tomou resoluções e vive bem com elas. O caminho apresentou-se-lhe e torturou-o e, depois, Hannibal assumiu as rédeas do seu destino e não permitiu mais interferências aleatórias de espécie alguma. Tudo o que lhe sucede é da sua inteira responsabilidade. As suas costas pronunciam a palavra "controlo" incessantemente. O movimento levemente assimétrico mas conciso da curva que o seu pescoço desenha quando gira para o lado, afirma peremptoriamente a sua presença no mundo, real. Como um animal selvagem guiado pelo instinto, todos os seus sentidos estão profundamente alerta.
Sou, diz a sua postura. Estou. Aceita isso. E lida com isso da melhor forma que conseguires. Porque eu sou o teu pior pesadelo.
E Hannibal abandona o autocarro com o seu passo firme e poderoso, derretendo-se agilmente nas sombras da noite. O seu companheiro segue-o. E eu sigo viagem para Florença, o lugar predilecto do Doutor. Talvez no Berço do Renascimento possa encontrar as respostas que procuro para resolver o intrincado labirinto que compõe a mente do Monstro.
dºçfklsd
Baseado no personagem Hannibal Lecter, criado por Thomas Harris, e num anónimo passageiro de autocarro assustadoramente parecido com ele.
djflfd
P.S. Este blog segue em piloto automático até ao meu regresso. Voltarei com muitos murmúrios da Città Bella, tenho a certeza. Arrivederci. Ou, como diria o Doutor, Ta ta.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

'Till I Found You

O Mundo Colapsa 5
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2200, Inverno, 11.15 GMT
dºçlfºdçs
Lembrou-se que colocara aquele registo naquela categoria por nenhuma razão específica. Algo lhe chamara a atenção, mas não percebera ainda exactamente porquê.
Abriu a caixa de texto.
Leu:
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Excerto do Diário do Sujeito 9843852
dçlfºçd
17/01/2030
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Guardian-Angel,
It seems that things never happen exactly the way we want them to. Went to fetch my stuff at the studio and P. was there. I didn't want to tell him anything but, you know me, I always have to tell somebody. So I told him the whole story. He said I was crazy, of course. Big news. I guess the thing is he never knew me as much as he likes to think he does. I didn't tell him about you. I couldn't. God! he thinks that just because he used to fuck me he has the right to stay there, inside me and keep being a part of my life. I don't want that, C. I don't think I want that ever again. I still miss you so much. Sometimes I think you're there, right in front of me, when I'm walking down a street. I don't see you, but inside me it's you. I don't know what to do but to think of you. It hurts so god damn much but I can't drive you away.
Anyway, P. asked me to take the camera with me. It's strange but, although I didn't tell him, he seemed to understand that maybe I was never going to use that camera again. He does know a little bit of me, after all. I don't know if I was going to take it, if he hadn't mentioned it. But I accepted the deal. I don't get fired and I don't get compromised. I'm leaving in a week. I called you, you know? I guess I gathered up the courage to do it, because I'm leaving anyway. Maybe in the hope of catching you up before you did it. But hoping, a part of me, at least, that you had already done it. I called you twice. The first time your recorded voice answered. I told myself it was enough. Enough to hear your professional, cold voice. But it wasn't, of course. And of course I had to make sure you were still here. The second time, you answered. I think it was even worse than hearing the recorded voice. So I hung up, without even waiting to see if you would eventually say my name. I didn't want to know, in case you didn't. I wasn't going to talk, even if you had.
Tuesday
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Ficou a pensar naquilo durante uns momentos.
dfdklk
O sistema avisou-o de novo.
45 minutes left to:
- check 200 entries
- file 100 registers
- analise 100 registers
- create 2 reports of recent activities
- update VR
NOTE: check out the Dheli in Cascais
fkdçlf
Não havia tempo. Tinha que se pôr a mexer. Precisava de apresentar os relatórios na CM ou a sua cabeça ia rolar, salvo seja. Depois da CM trataria daquilo. Arquivou o diário inteiro no Arquivo Pessoal e ligou o Automatic a todo o vapor. Quando acabou sobrava-lhe apenas o raio da Dheli em Cascais. Teria que adiar novamente. Quando lá passasse já aquela porra teria desaparecido do mapa, provavelmente.
çlskçkls
A CM (Cyber Meeting) acontecia de 168 em 168 horas, fosse em que circunstâncias fosse. Era a reunião semanal da Resistência Cibernética. Mas, embora estivessem contabilizados oficialmente 5.000 ARLIs espalhados pelo sistema e se suspeitasse que houvessem outros tantos ainda não registados - para não falar nos cerca de 300 agentes duplos e ARLIs flipados - apenas 10 reuniam na CM. Estes 10 eram o Governo Sombra do Planeta nesta altura. A elite dos ARLIs, composta pelos veteranos que existiam desde o início do Programa de Vida Artificial.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PALAVRAS EMPRESTADAS 59


çlfkçwekf
"Oh baby, how'd U get your legs 2 do that?"
319 - Prince
kfçldf
"She knows how 2 make U feel like your stuff ain't brown 2nite
And her perfume, it smell like the weekend"
Baby Knows - Prince
dlçkflçd
"You are fine, you're filthy cute and baby you know it."
Cream - Prince
ºdsçklfdºç
"... now move your big ass 'round this way so I can work on that zipper, baby."
Get Off - Prince
ºçdlfºsd
"And if the stars ever fell one by one from the sky
I know Mars could not be, uh, 2 far behind
Cuz baby, this kind of beauty has got no reason 2 ever be shy
Cuz honey, this kind of beauty is the kind that comes from inside"
The most beautiful girl in the world - Prince
çldkçld
"Keep on smiling - every girl and boy
Remember when U were children U had toys
Wherever U R, think of your dreams
Remember that dreams become the life U lead"
Wherever U Go, Whatever U Do - Prince
ºdçfldºçs
"I'm gonna talk so sexy
She'll want me from my head to my feet"
Alphabet Street - Prince
sdºçlkfdçslf
"I guess I should've closed my eyes when U drove me 2 the place
Where your horses run free
Cuz I felt a little ill when I saw all the pictures
Of the jockeys that were there before me
Believe it or not, I started 2 worry
I wondered if I had enough class
But it was Saturday night, I guess that makes it all right"
Little Red Corvette - Prince
ºçsdklºçsklf
"Girl, U got an ass like I never seen, ow!
And the ride...I say the ride is so smooth, U must be a limousine"
Little Red Corvette - Prince
dçfldºç
"Long ago there was a man
Changed stone 2 bread with one touch of his hand
He made the blind see and the dumb understand
He died 4 the tears in your eyes, your eyes"
4 The Tears in Your Eyes - Prince
lkçldk

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Macro Secrets 20

fkjkçlf
"I wonder where I left my umbrella ...", said the umbrella

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MAGIC MOMENTS 90

Dazzling Duets - Duet #31 - Peter & Kate
çdkdç

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

EM BUSCA DE PALAVRAS 91

Laboratório de Personagens 1
ldºçld

dkllçd
I like to tell stories, she thinks. They talk a lot. Every time she thinks of him she feels like crying. She doesn't know why. He doesn't smoke while he's watching her. They talk, a lot. She likes to draw "j"s and "g"s all the time. It's the curves, you see. The curves. She wonders if the curves have anything to do with the way she conducts her life. In straight lines. And she's tired of straight lines. In fact, she's tired of everything.
dçlkçd
They talk a lot. She likes to talk when people listen, and that is so rare. He listens. She wonders why. Lately there's a whole lot of things she wonders about him. She even wonders if he wonders about her. She always concludes that she's just a job he has to finish. But he doesn't. In the beginning she wanted him to finish her. Now she's not so sure. She's less and less sure of a great many things. He, on the other hand, seems to be always very sure of a lot of things.
kldkd
They talk a lot. She likes that. She wonders if he likes it as much as her. She wonders if she would like him to enjoy that as much as she does.

domingo, 6 de dezembro de 2009

MURMÚRIOS DO PARAÍSO V

Os Conquilheiros
FSDFD

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Os conquilheiros são rapazes novos e atrevidos. Pedem a praia emprestada aos pescadores. Na hierarquia do areal, eles ocupam o terceiro lugar, a seguir às gaivotas e aos homens do mar.
Invadem a praia apenas na maré rasa, quando está bom para a apanha da conquilha.
çdfºçlfds

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Solitários ou em pequenos grupos de três ou quatro, os conquilheiros varrem a orla marítima com as suas redes riscadas presas a varões, tocando a música cadenciada da pesca dos bivalves esquivos. Com a rede presa à cintura, escavando o fundo marinho, e o varão seguro pelas mãos entre as pernas, movimentam-no de forma cadenciada para a frente e para trás, numa dança que mimetiza a sexual, parecendo que agarram o seu membro masculino e se masturbam ritmadamente.
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Esta analogia não é de todo inapropriada. Os conquilheiros têm veia atrevida e resposta pronta na ponta da língua. Subtileza é coisa que não conhecem e galam as mulheres com as armas todas que têm à mão. Com efeito, são tão directos que acabam por se tornar atraentes porque autênticos.
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çfldºçs
A autora deste texto (que já foi galada por alguns) também sempre os achou românticos, pese embora a consciência de se saber sozinha nesta impressão. Recortadas contra a luz solar, as suas silhuetas negras emergem da água como neptunos empunhando os seus tridentes sobre a espuma branca. Carregam depois o saque e espalham-no na areia para escolher o manjar dos deuses, envoltos por nuvens rasteiras de gaivotas famintas.
çfdlºçdsf
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Chegam e partem em bicicletas ligeiras, deixando rastos dentados na areia molhada.
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Os mais antigos vestiam botas negras de borracha até à coxa. Os mais novos já evoluiram para fatos de borracha modernos até meio da perna, por cima de duas camadas de roupa. Mas todos sofrerão do mesmo reumático, chegada a velhice, porque todos partilham o mergulho contínuo na água gelada dias a fio, meses a fio, anos a fio.
Os conquilheiros são divertidos e atrevidos e roubam a praia aos turistas, aos pescadores e às gaivotas. E desenham poesia na baixa-mar.
çldkdçl

sábado, 5 de dezembro de 2009

PALAVRAS ESTÚPIDAS 80

Tirem-me Daqui

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Pertenço a outra era, a outro mundo. Pertenço ao passado, não ao presente, temo o futuro. Pertenço a um tempo que nunca foi meu, que apenas li ou vi em filme de época. Sou de rendas e veludos, de saiotes e velhos costumes, de pudor e contenção, de cavalheirismo e educação. Não sou de agora, nunca fui, vim errada na entrega, trocada na encomenda, como Exterminador enviado ao passado descoordenado.
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Levem-me de volta, por favor. Não atino com este mundo, esta frieza, este turbilhão de sabores sem sabor nenhum. Tirem-me deste filme e remetam-me ao que me pertence, enfiem-me numa caixa e enviem-me de FedEx urgente para lá do século XIX. Não sou daqui, nada tenho que ver com esta excitação, com esta confusão desregrada, sem princípios, meios e só fins.
dºkfºçds
Quero voltar, não me levam, por favor? Tenham dó, piedade, estou farta deste horror.